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Concepção, gestação e parto conscientes

 

Uma mulher ou um casal pergunta: quero ter um filho, o que preciso fazer?

 

É muito comum que procurem um médico para se certificarem de que a saúde física vai bem. Então, porque alguém pensaria em procurar um psicólogo? Porque pode soar estranho “se preparar para ser pai/mãe?”.

 

Atualmente, existem inúmeros estudos a partir da neurobiologia, da psicologia e da orgonomia pré e perinatal, da epigenética, etc. que demonstram como o estado emocional dos pais antes mesmo de conceber o bebê influencia o seu desenvolvimento nas esferas biológica, psicológica e social. Esse conhecimento é mais antigo do que podemos imaginar, pois em diversas culturas antigas ele já existia(*). Hoje, porém, o avanço tecnológico aliado a transdisciplinaridade nos permite confirmar tal conhecimento à luz da ciência contemporânea.

 

Sabe-se então, que o trabalho psico-corporal-emocional-energético, nesse momento, pode trazer inúmeros benefícios para os pais e para os bebês, na medida em que os primeiros têm a chance de rever sua história pessoal, seu modo de ser e se relacionar e ganhar maior confiança, segurança e maturidade a fim de assumirem a tarefa de educar e auxiliar a formação do caráter de seus filhos. Por este motivo, algumas pessoas procuram esse trabalho quando sentem que devem ‘fazer’ alguma coisa, ‘mudar’, ‘limpar’ alguma coisa antes de se tornarem pais.

 

Questões familiares mal resolvidas, traumas, inseguranças, medos, etc. são algumas razões que motivam essa procura. Para essas questões, o conhecimento da história de vida de cada um, orienta o trabalho a ser feito, e comprovadamente, promove grande auxílio nas transformações biopsicossociais que ocorrem com a chegada de um bebê.

 

Quando questões problemáticas da história pessoal permanecem, manifestadas ou em estado latente, sem a consciência de sua existência, se tornam a herança familiar psíquica da criança fazendo com que estes problemas sejam transmitidos de pais para filhos. Nesse sentido, o trabalho de ‘limpeza’, se é que podemos nos referir dessa forma, além de promover saúde, pode prevenir a repetição de padrões de comportamento rígidos inconscientes, modificando fundamentalmente o ambiente em que a criança irá se desenvolver. Um ambiente com menos angústia é um ambiente mais relaxado e prazeroso que permite através do verdadeiroContato a expressão e o reconhecimento das  necessidades básicas de cada bebê. Esta é a base para uma vida futura saudável.

 

É também importante que abordemos aqui algumas críticas direcionadas a esse conhecimento com o intuito de esclarecê-las.

Em primeiro lugar, muitos acreditam que esta seja uma concepção determinista, ou seja, se o bebê passa por alguma dificuldade com seus pais, na gestação ou nos primeiros anos de vida, certamente terá problemas futuros. Na verdade, este conhecimento em si, não propõe uma visão determinista, mas, talvez, alguns cientistas o façam. Ao considerar a complexidade da vida humana, sabemos que uma pessoa possui plena capacidade de se recriar, de ganhar forças a partir de vivências consideradas difíceis, tão comuns à vida cotidiana.

 

Contudo, a responsabilidade que acompanha todo conhecimento, nos faz pensar que nem por isso deixemos de ver suas contribuições. Se um conhecimento vem auxiliar o bom desenvolvimento humano, não é pelo fato de sermos todos sobreviventes à ausência dele, até então, que o torna dispensável. Mas, sabemos hoje, como podemos melhorar a vida, a genética, as experiências de cada bebê promovendo melhorias nas relações primárias, que por sua vez são alcançadas pelo trabalho de crescimento e amadurecimento dos que se tornam pais.

 

Em segundo lugar está o argumento da CULPABILIZAÇÃO dos pais, em especial, das mães. Ora, culpa e responsabilidade são, de fato, diferentes. Imaginemos um exemplo: se uma gestante desconhece os malefícios do álcool para o desenvolvimento do seu bebê, nunca ouviu tal orientação, supomos que ao vê-la ter este comportamento de risco, o profissional que a acompanha fará uma advertência, irá comunicar os malefícios de seu comportamento já que são bem conhecidos por ele. Alguém questionará o fato desse profissional ter advertido a gestante dos riscos de seu comportamento e de talvez, com isso, fazê-la sentir-se culpada? A informação que traz o conhecimento é inseparável da responsabilidade que o acompanha e que requer a maturidade para ser assumida. Não devemos nos culpar por aquilo que não sabemos, mas nos responsabilizar na medida em que conhecemos.

 

Dessa forma, ao conhecermos os inúmeros fatores envolvidos no bom desenvolvimento do bebê humano, trabalhamos no sentido de promover os meios pelos quais ele pode se realizar.

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