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Maternidade e maternagem

 

Maternidade = qualidade ou condição de ser mãe, laço de parentesco que une mãe e filho.

 

Maternagem = cuidados próprios de mãe, materno, afetuoso, dedicado, carinhoso e maternal.

 

Assim se classificam os dois termos, maternidade e maternagem, embora bastante semelhantes em suas descrições são diferentes em essência. Ambos possuem características arquetípicas e instintivas.

 

A maternidade é uma característica única feminina de conseqüências instintivas e arquetípicas, podendo o aspecto arquetípico ser sombrio e transformar a mulher numa mãe devoradora, destruidora, não maternal, mas a maternagem se caracteriza muito mais por uma característica arquetípica com apelo instintivo primordial, assim aquela, ou aquele, que exerce a maternagem possui sempre a característica de servir, de devoção, mas não nos enganemos, também aí encontraremos o aspecto sombrio daquele que usa deste recurso para, abusando do poder, exercer o mal e a destruição.

 

E é exatamente aí que encontramos “a diferença que faz a diferença” na saúde, tanto física quanto psíquica, dos seres e na sobrevivência de toda forma de vida: a maternagem consciente.

Ser mãe é uma condição sempre física e nem sempre optativa, mas a maternagem é sempre uma escolha, um desejo de servir que existe nas mulheres e nos homens que possuem uma relação de influência por sua anima.

 

Maternagem é cuidar, dedicar-se por amor. Embora o conceito derive da mesma raiz não significa, em absoluto, que toda mãe é maternal.

 

As pessoas maternais são aquelas que abraçam as grandes causas, preocupam-se com todos os seres, por mais simples e pequenos que possam ser, não vivem do discurso logóico característico dos homens e do animus, mas, da relação, do cuidado feminino, da preocupação e do cuidado que mães amorosas possuem.

 

Ampliando nossos horizontes vemos que é exatamente do que precisamos para equilibrar esta sociedade tão unilateralizada pela racionalização, tão carente de cuidados, tão carente de serviços amorosos, tão distante do colo da Mãe.

 

Mãe, o arquétipo da Grande Mãe é aquele que precisamos experienciar ao nascer, é uma necessidade vital para que sejamos íntegros, no sentido de inteiros tanto física quanto psiquicamente. Mas é também aquele que ansiamos nos momentos de escolhas e nas transformações que o nosso crescimento e nossa vida nos impõem. E, na morte, é neste colo que queremos fechar os olhos.

 

Ercilia Simone Dalvio Magaldi (Pedagoga; Filósofa; Especialista em Psicologia Junguiana;  Mestre em Ciências da Religião – PUCSP; Doutora em Ciências da Religião – UMESP. Terapeuta e professora da FACIS) Publicado em: http://www.ijep.com.br/index.php?sec=artigos&id=33&ref=maternidade-e-maternagem

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