
Psicologia Clínica
Bia Muniz
Psicoterapia | Psicologia Pré e Perinatal


Sobre a orgonomia
Com o intuito sempre de esclarecer cada vez mais a visão orgonômica da vida, do sujeito, coloco mais este post sobre o assunto. Entender que não há separação entre mente e corpo – são uma unidade funcional – é a base para entender este campo. Não é a mente que influencia o corpo e nem o corpo que influencia a mente. Esta divisão é usada simplesmente com objetivo didático, mas são de fato expressões do ser – quando você está com fome e sua boca enche d’água com o aroma de um alimento, você não pensa na fome e produz saliva e nem percebe que está com fome porque produziu saliva, não é verdade? É um fenômeno complexo, acontece tudo ao mesmo tempo – depende do aroma, depende da situação que você está vivendo, do local onde se encontra, depende se está de dieta ou não, se está triste ou alegre, disposto ou cansado, etc. Porque então, se é tão simples entendermos este fato corriqueiro, algumas pessoas se assustam, rejeitam e condenam este conhecimento?
A orgonomia, segundo Chavis (2007):
“É uma fundamentação que anula a separação mente-corpo e reconhece esta dualidade como artificial enquanto fenômeno clínico encontrado em pessoas que são desligadas do contato com suas próprias sensações e emoções internas.” (ibid, p. 67, tradução nossa)
Esta abordagem pode ser considerada holística em seu real sentido, abrangente, atenta às diversas esferas de expressão e relação na vida do ser humano.
Ouso dizer que seria o modelo de atenção à gestação e parto ao qual Davis Floyd (2001) se refere como ideal, com a junção da tecnologia, da relação humanizada e da visão holística do ser humano.
“Se nós pudéssemos aplicar apropriadamente a tecnologia em combinação com os valores do humanismo e a abertura espontânea à individualidade e energia defendidas pelo holismo, poderíamos de fato criar o melhor sistema obstétrico que o mundo jamais viu.” (ibid, p.18)